segunda-feira, 12 de março de 2012

MAR FICA ÁCIDO EM RITMO SEM PRECEDENTE

Fenômeno coloca em risco conchas de bichos marinhos, podendo levar a extinções de espécies importantes.


Os oceanos da Terra estão ficando mais ácidos a uma taxa que parece não ter precedentes nos últimos 300 milhões de anos - uma notícia nada agradável para a vida marinha e para a economia humana que depende dela. A conclusão está em estudo na revista "Science", que analisou todos os registros geológicos disponíveis sobre fenômenos parecidos.

Apesar da relativa falta de dados no caso dos períodos mais remotos, a equipe liderada por Bärbel Hönisch, da Universidade Columbia, diz que a rapidez das alterações na química do oceano atual é única. "O que estamos fazendo hoje realmente se destaca", disse ela em comunicado oficial.

A culpa é do dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), substância que a humanidade anda lançando em quantidades cada vez maiores na atmosfera ao queimar combustíveis fósseis ou florestas, por exemplo. Cerca de metade do CO2 emitido no planeta acaba sendo absorvido pelos oceanos. A molécula reage com a água, e um dos resultados da reação é o aumento da acidez do mar.

"Aumento da acidez", aliás, é um pouco impreciso. Mesmo com o oceano sugando vastas quantidades de gás carbônico feito doido no último século, sua água continua sendo alcalina, ou seja, o contrário de ácida. O que ocorre é que ela está ficando progressivamente menos alcalina - ainda não pode ser classificada como ácida.

Parece pouco, mas a mudança é suficiente para que haja menos carbonato - um componente essencial das conchas e carapaças de organismos marinhos - disponível na água. Criaturas tão diferentes como corais, ostras, algas e estrelas-do-mar têm dificuldade para construir seu próprio organismo e podem até perder parte dele.

Túnel do tempo - Hönisch e companhia levaram em conta novas técnicas de análise de rochas de origem marinha, que permitem dizer qual era o nível de acidez do mar e a quantidade de carbonato e de gás carbônico presente nele quando as rochas se formaram. Também consideraram a escala de tempo em que mudanças na acidez do mar ocorriam - e é nesse ponto que as atuais se sobressaem.

Um fenômeno parecido no Eoceno, há 56 milhões de anos, levou cinco mil anos para se consumar, extinguindo organismos marinhos. O ritmo atual de acidificação (termo usado pelos cientistas) é dez vezes mais veloz. Se as emissões de CO2 continuarem como estão, uma mudança como a do Eoceno ocorrerá até o fim do século.




PETROBRAS ABRE CURSOS PARA FORMAR 11,6 MIL PROFISSIONAIS

Petrobras abre cursos para formar 11,6 mil profissionais
05 de Março de 2012 • 18h59 • atualizado 19h14
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Comentar4Cirilo Junior
Direto de Rio de Janeiro
Com a perspectiva de forte demanda de projetos na área de petróleo e gás, começam
nesta quarta-feira as inscrições para os cursos de formação do Prominp (Programa de
Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo). Serão disponibilizadas 11.671 vagas
em 14 Estados, para quem tem formação nos níveis básico, médio, técnico e superior. O
prazo de inscrições acaba no dia 12 de abril. Os cursos serão gerenciados pela Petrobras.
É uma chance para quem quer ingressar no setor que mais cresce no País, turbinado
especialmente pelos diversos projetos para o desenvolvimento da camada pré-sal.
Situada a mais de 5 mil m de profundidade, existe a perspectiva de que essa nova
fronteira exploratória coloque o Brasil entre os principais produtores de petróleo do
mundo.
As provas estão marcadas para o dia 13 de maio. O resultado será divulgado no dia 6 de
junho, e os cursos estão previstos para o segundo semestre.
O Rio de Janeiro, que concentra mais de 80% da atual produção de petróleo, terá 4.602
vagas. Em seguida vem o Rio Grande do Sul, com 1.192 vagas, impulsionado pelas
encomendas do estaleiro Rio Grande, situado na cidade homônima. São Paulo, onde
está parte da bacia de Santos, que concentra a maior parte das descobertas no pré-sal,
terá 1.021 vagas.
Entre as 7.335 oportunidades de cursos para quem tem nível básico, estão cursos
de formação como soldador de tubulação, mecânico montador, caldeireiro e pintor
industrial.
A formação de operadores de movimentação de carga, eletricistas montadores e
desenhistas projetistas estarão dentro dos 3.706 vagas para os cursos que exigem os
níveis médio ou técnico.
Já para nível superior, serão 630 vagas, para cursos para a formação de engenheiro de
tubulação e profissional de análise de risco ambiental, entre outros.
O edital será publicado na terça-feira (6) no Diário Oficial da União. As inscrições
podem ser feitas no site do Prominp (www.prominp.com.br). Podem concorrer quem
tem pelo menos 18 anos, e se enquadrem nos pré-requisitos do curso desejado. As
inscrições custam R$ 25 para os cursos de nível básico, R$ 42 para os níveis médio
e técnico, e R$ 63 para os de nível superior. Quem declarar e provar que não tem
condições de arcar com a taxa poderá pedir isenção do pagamento da inscrição.
Quem estiver desempregado durante o curso poderá receber bolsa-auxílio de R$ 300
(cursos de nível básico), R$ 600 (médio e técnico) e R$ 900 (superior).
O fato de completar o curso não garante emprego ao aluno. Desde 2007, 80 mil pessoas
foram formadas pelo Prominp. De acordo com a presidente da Petrobras, Maria das
Graças Foster, 67% daqueles que fizeram os cursos foram aproveitados no mercado de
trabalho.
"E não necessariamente na Petrobras. Há muitas empresas no entorno, e outras do setor,
que estão absorvendo a demanda do Prominp", afirmou.
Segundo ela, existem casos de profissionais de nível médio que estão ganhando mais do
que aqueles que têm curso superior, como engenheiros.
Os cursos do Prominp visam eliminar a carência de mão-de-obra que o País tem no
setor de petróleo, cujo número de novos projetos não para de crescer. A Petrobras
privilegia a contratação de bens e serviços oriundos do Brasil, seguindo diretriz traçada
pelo governo federal. Graça Foster, no entanto, garante que isso tem que ser feito de
forma "econômica e sustentável".
"Queremos favorecer a engenharia nacional, desde que em bases competitivas e
sustentáveis. Daí esse investimento para formar mão-de-obra", explicou.
A projeção da Petrobras é que terão que ser formadas mais 212.600 profissionais no
setor até 2015.

ORQUESTRA DE PANDEIROS DE ITAPUÃ